Indústria de produtos de limpeza é a mais confiante em abril e inflação do setor ficou abaixo do INPC

Indústria de produtos de limpeza é a mais confiante em abril e inflação do setor ficou abaixo do INPC

Dados do ICEI Setorial da CNI indicam que, apesar da queda geral do setor industrial, segmento de saneantes tem mantido o otimismo nos últimos meses. Projeção é crescer cerca de 2% em 2023, mantendo investimentos e a geração de mais de 90 mil pessoas

De acordo com dados do ICEI – Índice de Confiança do Empresário Industrial Setorial, elaborado pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, os fabricantes de produtos de limpeza são o segmento mais confiante da indústria nacional em abril de 2023. A categoria, que inclui ainda perfumaria e higiene pessoal, registrou 55,9 pontos, 7,1 pontos acima do índice médio geral, que está em 48,8. De acordo a ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, o cenário de maior estabilidade de preço e fornecimento de insumos para o setor tem ajudado no planejamento das empresas.

“A indústria de saneantes foi bastante prejudicada pela alta nos custos de produção nos últimos dois anos. Como algumas de nossas matérias-primas são cotadas em dólar, a desvalorização do Real e os aumentos de custos de energia e combustíveis afetaram o setor, provocando uma queda de 5,7% nos níveis de produção em 2022”, explica Paulo Engler, diretor-executivo da entidade. “Para 2023, temos um cenário mais estabilizado em relação às cotações de insumos e, como nossos associados mantiveram o ritmo de pesquisa e desenvolvimento de produtos, lançamentos estão chegando ao mercado, o que deve levar a um aumento estimado em 2% na produção nacional deste ano”, completa.

Nos últimos meses, a confiança do empresário industrial brasileiro tem registrado baixas consecutivas, tanto que, em setembro do ano passado, o índice nacional era de 62,8 pontos (hoje é 48,8). O setor de produtos de limpeza, no entanto, apesar de também ter oscilado no período, sempre se manteve com expectativa positiva (índices acima de 50 pontos). A estabilidade é tamanha que a média no período, entre setembro de 2022 e abril de 2023, ficou em 55,6 pontos – hoje o índice é de 55,9. “Acredito que o setor tenha identificado, já em 2022, que a queda na produção foi um movimento pontual de ajuste de mercado, mas a indústria de saneantes ainda tem muito espaço para crescimento no Brasil, especialmente, com os preços de insumos estabilizados”, analisa Engler.

De fato, segundo dados da Euromonitor International, o Brasil representa, hoje, 5,5% do mercado mundial de produtos de limpeza, o que o coloca como o 5º maior consumidor do planeta. A expectativa é que, até 2025, o País aumente em até 1% sua participação e se torne o 4º maior mercado de saneantes global. Segundo Engler, a demanda interna tem grande potencial de crescimento, principalmente, pelo baixo desembolso dos brasileiros em relação a outros países da América Latina. “Hoje, cada brasileiro gasta US$ 89 anuais em saneantes. Na Argentina, por exemplo, o gasto é de US$ 200 e, no Chile, de US$ 170. É um mercado com espaço, inclusive, para a inserção de novas categorias de produtos de limpeza”, afirma.

Inflação do setor de saneantes ficou abaixo do índice geral

Outra consequência positiva da estabilização dos preços das matérias-primas é o controle da inflação nos preços de produtos de limpeza. “No ano passado, o setor foi obrigado a repassar parte do aumento dos custos ao consumidor, mas, em março deste ano, por exemplo, enquanto INPC geral apontou alta de 0,64%, a categoria artigos de limpeza apresentou elevação de 0,05%. No acumulado do ano, a categoria teve elevação de 1,49% e o índice geral ficou em 1,88%”, diz.

Sobre a ABIPLA

Fundada em 1976, a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA) representa os fabricantes de sabões, detergentes, desengordurantes, produtos de limpeza, polimento e inseticidas, promovendo discussões sobre competitividade, inovação, saúde pública e consumo sustentável. O setor movimenta R$ 32 bilhões anuais e responde por, aproximadamente, 90 mil empregos diretos.

Perfil do porta-voz

Paulo Engler é formado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Mestre em Direito Tributário pela PUC-SP. Ocupou cargos de direção em multinacionais e em associações setoriais de grande porte. Atualmente, é diretor-executivo da ABIPLA.

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