No mês do meio ambiente, indústria de produtos de limpeza comemora altos índices de reciclagem de embalagens pós-consumo

Segundo a ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, o setor já reciclou mais de 38 mil toneladas de embalagens pós-consumo por meio do programa “Mãos Pro Futuro”, que alia sustentabilidade, inclusão social e economia circular.
O Brasil produz cerca de 82 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos anualmente, mas menos de 4% são recicladas, de forma efetiva, de acordo com dados da ABRELP (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). “O índice é preocupante, sobretudo quando comparado a países que já conseguem reaproveitar mais de 30% de seus resíduos. Diante desse cenário, a indústria de limpeza e saneantes tem intensificado seus esforços para ampliar sua contribuição na economia circular e na destinação correta dos materiais descartados, mas ainda há um longo caminho a percorrer até que todas as fabricantes se engajem a esse movimento”, enfatiza Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.
Até o fim de 2024, foram coletadas e recicladas 198.733 toneladas de resíduos urbanos, das quais 38.598 toneladas ficaram sob responsabilidade das empresas associadas à ABIPLA, o que representa 19,4% do total processado. “Entre os associados da ABIPLA, há indústrias que já superam sua produção, chegando a 115% de reciclabilidade de materiais. Ou seja, reciclam mais do que produzem, o que é um dado fantástico e que deve ser seguido por todos”, comemora Engler.
Na avaliação do executivo, a prática não é seguida por todas as indústrias de limpeza, nem por outros setores. “Apesar da lei estar em vigor desde 2011, determinando que as empresas devem patrocinar a reciclagem das embalagens em uso, é essencial que o poder público consiga estabelecer estratégias para engajamento, como é o bom exemplo da CETESB no Estado de São Paulo quando da renovação da licença de operação da indústria”, alerta Paulo Engler, que afirma que a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, pode ser uma data propícia para reforçar a importância do comprometimento coletivo voltado à economia circular e à logística reversa de resíduos sólidos, como embalagens pós-consumo, em todos os segmentos.
Programa “Mãos pro Futuro” – A ABIPLA destaca resultados expressivos do programa “Mãos Pro Futuro”, do qual a entidade faz parte, desde 2009. O programa é voltado à logística reversa de embalagens pós-consumo e à inclusão social de cooperativas de catadores.
“O Programa Mãos Pro Futuro é um conjunto de ações que busca o bem-estar da sociedade, e que se traduz como a concretização da circularidade, prevista na Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no país, deve ser seguida e estimulada. Esta lei define a logística reversa como um conjunto de ações, procedimentos e meios para viabilizar a coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento ou destinação ambientalmente adequada”, explica Engler, que complementa: “Nessa direção, o Programa Mãos pro Futuro demonstra, de forma inequívoca, não apenas o compromisso da indústria de saneantes, mas o quanto é possível realizar quando todos os setores industriais se aliam entre si e a outros setores envolvidos na economia circular, como catadores, recicladores e transformadores. Apoiamos a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) nessa iniciativa, trabalhamos juntos e temos a certeza de que somente por meio do uso consciente dos materiais recicláveis é que alcançaremos o equilíbrio do progresso sem afetar o meio ambiente”, avalia Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.
Segundo levantamento preliminar do “Mãos pro Futuro”, entre janeiro e abril de 2025, com o apoio do Programa, o volume total de materiais recicláveis, comercializados no Brasil, foi de 39.338 toneladas. Desse montante, o papel representou a maior parcela, com 49%, seguido pelo plástico (28%), vidro (15%) e metais (8%), sendo 7% de aço e 1% de alumínio. “Os dados evidenciam a predominância de determinados resíduos na cadeia da reciclagem e reforçam a necessidade de ampliar o reaproveitamento de materiais, como o vidro e o plástico de difícil triagem”, adverte o diretor executivo da ABIPLA.
Produtos de limpeza apoiam meio ambiente – Além de fortalecer a cadeia de reciclagem, a ABIPLA e seus associados incentivam a inovação em fórmulas concentradas e embalagens reutilizáveis, aumentando a circularidade do plástico e reduzindo a pegada de carbono do setor. Segundo o diretor executivo da entidade, anualmente, a indústria química, da qual fazem parte os saneantes, investe cerca de R$ 2,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento para produtos mais biodegradáveis, economia de energia e menor geração de resíduos.
“Neste Dia do Meio Ambiente, queremos chamar a atenção para a transformação estratégica que atravessa nossa indústria. A meta é clara: oferecer soluções que respeitem o planeta e elevem os padrões de bem-estar da sociedade”, ressalta Engler.
Necessidade de mais engajamento – Apesar dos avanços, a ABIPLA alerta para a baixa adesão de parte das empresas do setor às práticas de sustentabilidade. “Muitas ainda não se engajaram de forma efetiva em iniciativas como a logística reversa ou na reformulação de produtos e processos com menor impacto ambiental. É preciso que mais empresas compreendam que sustentabilidade não é um custo, mas um investimento estratégico e urgente. O futuro da indústria passa, necessariamente, por práticas mais responsáveis”, reforça Paulo Engler.
A entidade também destaca a importância de políticas públicas, que incentivem o consumo consciente e o descarte adequado de resíduos, além do fortalecimento das cooperativas envolvidas na cadeia da reciclagem, mas orgulha-se de fazer parte de um movimento contínuo e que deve crescer, a cada ano, no Brasil
Sobre a ABIPLA
Fundada em 1976, a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA) representa os fabricantes de sabões, detergentes, desengordurantes, produtos de limpeza, polimento e inseticidas, promovendo discussões sobre competitividade, inovação, saúde pública e consumo sustentável. O setor movimenta US$ 7,5 bilhões anuais e responde por, aproximadamente, 95 mil empregos diretos.
Perfil do porta-voz
Paulo Engler é formado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Mestre em Direito Tributário pela PUC-SP. Ocupou cargos de direção em multinacionais e em associações setoriais de grande porte. Atualmente, é diretor-executivo da ABIPLA e SIPLA, além de ser Presidente Executivo do IdQ – Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química.
Link para fotos do porta-voz: https://drive.google.com/drive/folders/1NOnN4XCWhQ_aPTBG0LI7IN6Dneok1BmC?usp=sharing
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